O Dia do Portuário é uma data é histórica. Isto porque marca o avanço da profissão no Brasil e reconhece a atividade como um marco para o fortalecimento e desenvolvimento econômico do país.
Foi em 28 de janeiro de 1808, quando D. João VI, assinou a Carta Régia, determinando a abertura dos portos dos portos brasileiros ao comércio exterior, oito dias após a chegada da corte portuguesa à Bahia. O rei de Portugal reconhecendo o Brasil como fonte geradora de riquezas quebrou o Pacto de Colonial mantido com Portugal, que restringia o comércio brasileiro apenas com a metrópole portuguesa. Assim, a data ficou outorgada como o Dia do Portuário, pois remonta à importância que a profissão passou a ter para a economia nacional, favorecendo a vinda de comerciantes portugueses e o fortalecimento dos negócios brasileiros.
São inúmeras as atividades realizadas pelos portuários. Estes profissionais se encarregam desde a preparação de cargas e descargas de mercadorias, movimentação dentro de navios, aviões, caminhões e vagões. O campo de trabalho é amplo e a responsabilidade também. Na ponta da cadeia logística, o portuário é o final de uma operação grandiosa e vital para o crescimento de um país.
O técnico de operações portuárias, Mauro Barros, 34 anos tem consciência disso. Ele trabalha na VLI, empresa de logística que integra operações em ferrovias, portos e terminais intermodais. Responsável pela avaliação e controle do padrão de qualidade da carga embarcada pela VLI, no Píer II (berço 105), Porto do Itaqui, o técnico de operações elenca alguns requisitos para o exercício da atividade: “atenção, conhecimento técnico e disposição de aprender”, explica. Com uma atividade que permite interface em várias áreas, ele destaca o bom relacionamento com as equipes envolvidas na operação portuária, o respeito às culturas de tripulações estrangeiras como fatores determinantes para o sucesso do trabalho: “É uma atividade muito dinâmica e envolvente”, afirma.
De olho em novas oportunidades, o técnico está concluindo engenharia mecânica e busca conhecimentos em idiomas: “entrei na empresa há dez anos, como trainee operacional de manutenção. Em um ano estava no Porto e descobri uma área que é o mundo”, afirma ele acrescentando as suas expectativas sobre a profissão de portuário “tenho muito orgulho da carreira que abracei e hoje penso me aperfeiçoar e aproveitar as muitas oportunidades que a empresa oferece”, diz.
Outro exemplo de profissionalismo é o encarregado do Porto Alumar, Ivanildo Lima. Ele trabalha nas operações portuárias e lidera uma equipe de 36 operadores. São 25 anos de experiência na área e muito entusiasmo pela profissão: “entrei como operador no Porto Alumar e, desde então, aproveitei e busquei as oportunidades. Hoje, sou graduado em administração e há dez anos assumi como encarregado do Porto”, disse. Pela atividade, Ivanildo tem uma rotina bastante dinâmica, mas nada que atrapalhe a contemplação pela natureza: “no lugar de andar de carro, vou ao cais a pé. No caminho, gosto de sentir a brisa do mar, o sol é como se estivesse num momento reflexão. O mar traduz a minha experiência de vida”, conclui.
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